Este post é
dedicado apenas ao contexto religioso. Boa leitura!
No hebraico, verdade é emunah, o cumprimento do que
foi pactuado, prometido, vaticinado. É a verdade segundo a Teologia, que se
fundamenta na revelação. Neste contexto, não se discute a verdade, posto que
foi objeto de revelação, partindo de ser superior. E aí, esta verdade não se objeta
e não se discute, apenas se aceita.
Comecemos por este conceito de verdade, recorrente
em nossa sociedade: “A voz do povo é a voz de Deus...”. Será mesmo? Vamos
refletir.
“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a
vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim...” João 14:6
Jesus é a Verdade! E esta verdade já foi anunciada
e interpretada: Ele é a nossa salvação e vida. É N’ele que devemos colocar
todas as nossas esperanças e mazelas. É nisso que acreditamos. Está aí a
Verdade da nossa fé!
Penso que qualquer pensamento fora disso pode
destoar da realidade em que acreditamos: criar interpretações
“contextualizadas” ou sem responsabilidade pode fazer-nos cair na tentação de
criar um outro evangelho, o nosso próprio, e nos distanciarmos de Deus, e ele tem Voz própria: o Evangelho!
Se é perigoso interpretarmos a Verdade da nossa
forma, bastando um pequeno deslize para abalarmos a nossa fé, quem dirá se
sairmos por aí irresponsavelmente gritando a nossa verdade aos outros:
desastroso, não?
Pensemos em Jesus, que sabendo da sua missão entre
nós e conhecendo claramente a vontade do Pai (ele mesmo!) tivesse aderido às
modas e filosofias da época... a Boa Nova não mudou desde sempre.
A “verdade do rebanho” deve ser a verdade do
pastor, e do Pastor! A Igreja é fiel guardiã desta verdade, e cabe a nós
refletirmos para vivermos. O senso crítico é totalmente válido, a
contextualização com os valores atuais também, desde que coerente e confrontado
com o que, por vontade própria, decidimos um dia seguir.
A Verdade é
libertadora!
Lucas Cavalcante - 19/12/2013